sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Prefeitura lança processo seletivo do programa "Jovem Monitor Cultural", uma boa oportunidade para quem busca formação profissional remunerada

O objetivo do programa, de acordo com o edital, é proporcionar a vivência profissional dos jovens na gestão cultural e estimular a experimentação dos mesmos, por meio de atividades formativas de caráter teórico e prático, que possibilitem a ampliação do repertório cultural, a construção de redes no segmento da cultura e a reflexão sobre cidadania e participação social.

Para participar, é preciso ter entre 18 e 29 anos de idade, ter concluído o ensino médio e morar na cidade de São Paulo há, no mínimo, um ano.

Por uma jornada de 30 horas semanais, a prefeitura oferece bolsa de R$ 1.000,00/mês, auxílio-refeição de R$ 7,00/dia, bilhete único integrado com o metrô e seguro de vida coletivo. São 300 vagas e o programa tem duração de um ano.

O período de inscrição vai de 23 de dezembro de 2016 a 23 de janeiro de 2017.

Para mais informações, clique no link abaixo:

http://jovemmonitorcultural.prefeitura.sp.gov.br/redes-geral/processo-seletivo-2017/

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Fuvest divulga lista de aprovados para a segunda fase

Muito feliz de ver ex-alunos do Narbal aprovados para a segunda fase. Meus pensamentos positivos estão com vocês!

A lista completa com os aprovados vocês conferem no link abaixo:

http://www.fuvest.br/vest2017/listconv/listconv.pdf

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Fuvest divulga nota de corte para a segunda fase

Como vocês poderão constatar no link abaixo, maior nível de dificuldade na primeira fase do vestibular 2017 derrubou notas de corte, na maior parte dos cursos, em 2 ou 3 pontos.

Parabéns aos aprovados. E não desista, caso você não tenha conseguido desta vez.

http://media.folha.uol.com.br/educacao/2016/12/13/fuv2017-corte.pdf

sábado, 26 de novembro de 2016

Saiba o que você pode e o que não pode levar para fazer a prova da Fuvest

No link abaixo, vocês conferem o que é permitido e o que é proibido levar na primeira fase da Fuvest, o vestibular que dá acesso aos cursos da USP e de Medicina da Santa Casa.

Particularmente aos estudantes do Narbal que vão prestar a Fuvest neste dia 27/11 e aos ex-estudantes que concluíram o ensino médio no ano passado e dedicaram 2016 à preparação em cursinhos pré-vestibulares para ter um bom desempenho na Fuvest deste ano, minhas energias positivas estão com vocês! Força na peruca!

http://g1.globo.com/educacao/noticia/veja-o-que-pode-levar-e-o-que-e-proibido-na-primeira-fase-da-fuvest.ghtml

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Simulado on-line e gratuito para a 1ª fase da Fuvest

A exemplo do que aconteceu com o Enem, o jornal Folha de S.Paulo e a empresa de tecnologia educacional Adaptativa estão realizando um simulado on-line e gratuito para a 1ª fase da Fuvest.

O link para participar (veja abaixo) está disponível desde o dia 6 de novembro e permanecerá acessível até o dia 27 de novembro.

A primeira fase da Fuvest ocorrerá em 27 de novembro.

Participe do simulado!

http://www.adaptativa.com.br/simuladofolha-fuvest/2016

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Intolerância: o tema do trabalho a ser entregue pelos alunos do 1ºB até o dia 25/11

O tema intolerância tem estado muito em evidência em nossas discussões cotidianas. Nos últimos dias, por exemplo, a intolerância foi muito debatida por causa do tema da redação do Enem ("Intolerância religiosa no Brasil") e da eleição de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos.

Trump é um empresário e político que, em suas falas, tem sido muito preconceituoso contra os imigrantes (os oriundos do México, particularmente), os muçulmanos e as mulheres (sobre o presidente eleito pesam denúncias de assédio sexual e violência simbólica contra mulheres).

Em sala de aula, ao discutir o tema cultura, temos abordado longamente o etnocentrismo, o relativismo cultural, o determinismo geográfico e o determinismo biológico.

Sendo assim, você deverá produzir uma dissertação sobre o tema "Intolerância" e entregá-la até o dia 25/11/16 (Dia do Ensaio Geral para a Feira Cultural).

Aborde o tema intolerância (preconceito e discriminação) sob os aspectos da cultura/religião, raça, gênero e classe social.

Procure utilizar os conceitos que estudamos em sala de aula para desenvolver os seus argumentos.

O seu texto deverá ser individual, manuscrito e ter, no mínimo, quatro páginas completamente escritas, sem considerar a capa e as referências bibliográficas.

Será atribuída nota zero aos textos copiados de colegas ou da internet.

A seguir, coloco alguns links com conteúdos que você poderá pesquisar para inspirar a produção da atividade.  Lembre-se de, ao final, mencionar qual foi a bibliografia utilizada.

Sobre intolerância religiosa:
http://pre.univesp.br/preconceito-religioso#.WCZcurIrLIU

Sobre xenofobia e refugiados:
http://www.acnur.org/portugues/

Sobre estudos de gênero:
http://www.observatoriodegenero.gov.br/

http://www.onumulheres.org.br/

http://www.pagu.unicamp.br/pt-br/cadernos-pagu

Sobre raça:
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2016/03/14/politicas-de-igualdade-racial-fracassaram-no-brasil-afirma-onu.htm

https://www.usp.br/revistausp/68/SUMARIO-68.htm

Sobre preconceito de classe:
http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/preconceito-classe-social.htm

Bom trabalho!


Orientações para o trabalho a ser entregue pelos alunos do 2ºB (período da tarde), até o dia 25/11

Leia o refrão da canção "Mulher não manda em homem", do Grupo Vou pro Sereno, e, em seguida, veja as orientações para a atividade que você deverá produzir:

"Com tanta roupa suja em casa
Você vive atrás de mim
Mulher foi feita para o tanque
Homem para o botequim [...]" 


Desenvolva uma dissertação sobre o tema "O machismo e a violência contra a mulher no Brasil", para entrega até o dia 25/11/16 (Dia do Ensaio Geral para a Feira Cultural).

O seu texto deverá pesquisar e refletir sobre os seguintes pontos:

- quais são os tipos de violência que atingem diariamente boa parte das mulheres em nossa sociedade?

- estatísticas de violência praticadas contra a mulher (lesões corporais, taxas de homicídio, estupros, assédio sexual, etc.)

- Lei Maria da Penha

- o discurso machista persistente em nossa sociedade. O que existe por trás de frases como "Lugar de mulher é na cozinha", "Mulher no volante, perigo constante", "Vá pilotar fogão". Os papeis sociais que muitas vezes são atribuídos a mulheres e homens na nossa sociedade são determinados pela natureza ou construídos socialmente?

- o que é preciso fazer para acabar com o preconceito e a discriminação?

A sua dissertação deverá ser individual, manuscrita e ter, no mínimo, 4 páginas inteiras de caderno escritas, sem contar a capa e as referências bibliográficas.

Aos textos copiados da internet ou de colegas será atribuída nota zero.

Você poderá pesquisar dados sobre o assunto nos seguintes sites, entre outros, mas mencione as referências bibliográficas ao final:

http://teen.ibge.gov.br/noticias-teen/2822-violencia-contra-mulher

http://nevusp.org/blog/2005/08/09/violencia-contra-as-mulheres-e-violencia-de-genero-notas-sobre-estudos-feministas-no-brasil/

http://www.observatoriodegenero.gov.br/

http://www.onumulheres.org.br/

Bom trabalho!

sábado, 5 de novembro de 2016

Resenha do livro "Mozart, sociologia de um gênio", do sociólogo Norbert Elias, para auxiliar os alunos do 8ºB na Feira Cultural

Conforme prometido em sala de aula, vocês poderão acessar por meio do link abaixo uma resenha de quatro páginas, produzida por mim, sobre o livro "Mozart, sociologia de um gênio", cujo autor, Norbert Elias, é seguramente um dos mais importantes sociólogos do século 20.

Compartilho este conteúdo com os alunos do 8ºB, para ajudá-los nos estudos que estão realizando para a produção da exposição da turma sobre Mozart, na Feira Cultural da escola.

A essência do livro é mostrar que as dificuldades enfrentadas por Mozart podem ser explicadas por meio da análise das relações sociais existentes na sua época. Dificuldades que não foram enfrentadas por Beethoven, algumas décadas depois, justamente porque essas configurações sociais haviam se transformado.

Ressalto que podemos debater mais o assunto em nossas oficinas, sempre que vocês quiserem. Coloco-me inteiramente à disposição não apenas do 8ºB, mas de todas as turmas que participam da feira, para debatermos sobre os seus respectivos temas.

Boa leitura e bom estudo.

https://www.dropbox.com/s/iyprgruubtl6ylu/Texto%20sobre%20Mozart%20%28para%208o%20B%29.pdf?dl=0

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Conteúdo sobre democracia representativa moderna e formas e sistemas de governos, para o 3ºA e o 3ºB (período diurno)

No link abaixo, coloco à disposição de vocês conteúdo sobre democracia representativa moderna e formas e sistemas de governo, temas que estamos debatendo neste bimestre.

Bom estudo!

https://www.dropbox.com/s/ny8yr6teg391yvn/Democracia.pdf?dl=0

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Se você fosse norte-americano, votaria em Hillary ou Trump?

O portal de notícias G1 criou o jogo que eu disponibilizo no link ao final do post, por meio do qual você poderá descobrir se tem mais afinidades com as propostas da democrata Hillary Clinton ou com as do republicano Donald Trump.

O jogo tem tudo a ver com as discussões que temos feito sobre ideologias no quarto bimestre, nas turmas do período diurno da terceira série do ensino médio.

http://especiais.g1.globo.com/mundo/eleicoes-nos-eua/2016/hillary-ou-trump/

Atenção alunos do 3ºTB e 3º TC do Narbal (noturno): orientações para a dissertação sobre o documentário "Junho, o mês que abalou o Brasil", a ser entregue no final de novembro

Com base no documentário "Junho, o mês que abalou o Brasil", que você poderá assistir por meio do link ao final deste post, desenvolver uma dissertação com, ao menos, 40 (quarenta) linhas, articulando os seguintes pontos:

- Qual a sua análise sobre as manifestações realizadas no Brasil a partir de junho de 2013?

- Manifestações pacíficas ou violentas? Qual a modalidade mais adequada de expressar o descontentamento da população? Como você avalia a atuação dos black blocs?

- Arrancar bandeiras de partidos políticos das mãos de seus militantes, como aconteceu em algumas daquelas manifestações, é um gesto democrático?

-  Os partidos políticos continuam sendo indispensáveis para representar os cidadãos nos poderes executivo e legislativo ou seria desejável a participação direta dos cidadãos nas decisões políticas?

Os estudantes do  3ºTB e 3º TC deverão entregar a dissertação até o dia 28/11/2016.

Bom trabalho!

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

E você? É ideologicamente de esquerda ou de direita?

Neste quarto bimestre, desenvolvemos, nas turmas da 3ª série do ensino médio, o tema "ideologia".

Para a Ciência Política contemporânea, a ideologia de indivíduos, partidos políticos e outras organizações é definida quando analisamos suas posições em relação aos costumes e à organização do Estado e da economia.

Questões sobre a legalização do aborto, da eutanásia, da maconha, do casamento gay, da possibilidade de adoção de crianças por não-heterossexuais, da pena de morte, etc. aparecem frequentemente nos questionários usados por cientistas políticos quando estudam o assunto.

As pesquisas também procuram descobrir qual a opinião do entrevistado sobre a propriedade privada, a atuação de sindicatos e outros movimentos sociais, se o Estado deve ter um papel atuante na redução das desigualdades e da pobreza ou apenas agir para a manutenção da ordem, se a carga tributária deve aumentar ou diminuir, se é legítimo que as pessoas possam enriquecer apenas investindo recursos em aplicações financeiras e não nos setores produtivos, etc.

Coloco, neste post, três links, com questionários publicados nos sites da Folha de S.Paulo, O Globo e Época. Os questionários são bastante semelhantes aos usados por institutos de pesquisa e cientistas políticos ligados a universidades, quando estudam as ideologias presentes no eleitorado.

Historicamente, mostram as pesquisas, o brasileiro é conservador, no que diz respeito aos costumes, mas tende à posição de centro-esquerda (social-democracia), quando o assunto é organização do Estado e da economia. E você? Qual a sua classificação ideológica? Faça os testes abaixo e divirta-se.


http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/10/1357430-faca-o-teste-do-perfil-ideologico-e-descubra-se-voce-e-de-direita-ou-de-esquerda.shtml

http://infograficos.oglobo.globo.com/brasil/teste-identifique-seu-perfil-ideologico.html

http://epoca.globo.com/ideias/noticia/2015/08/voce-e-de-direita-ou-de-esquerda.html

A noção de ideologia e os termos esquerda e direita, para os alunos do 3ºA e 3ºB (período diurno)

O primeiro tema que discutimos neste quarto bimestre foi ideologia. Falamos sobre os significados forte e fraco do termo, segundo as classificações de Norberto Bobbio, sobre como a Ciência Política contemporânea analisa o tema, sobre esquerda e direita, sobre as possibilidades ideológicas que nos estão colocadas.

No link a seguir, disponibilizo a vocês um texto que preparei sobre o assunto. No próximo post, conforme prometido, vou compartilhar questionários usados por cientistas políticos para classificar ideologicamente o eleitor.

Boa leitura e bom estudo.

https://www.dropbox.com/s/jzxlzdew6ctpor1/Ideologia.pdf?dl=0

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Conteúdo sobre o tema "Violência", para as turmas 2ºA e 2ºB (período diurno)

Disponibilizo a vocês, no link abaixo, um conteúdo sobre o tema "violência", assunto que nos acompanhará ao longo de todo o quarto bimestre.

Neste material, vocês encontrarão a definição de violência para a Organização Mundial de Saúde (OMS); o que são violências física, psicológica e simbólica; como Durkheim, Marx e Weber refletiram sobre o tema; violências contra os jovens (especialmente homens, negros ou pardos e pobres) e contra as mulheres no Brasil.

Para a prova do quarto bimestre, vocês deverão estudar este material, além das páginas do volume 2 do caderno do aluno de Sociologia, as quais indicarei a vocês em novembro.

O 2ºA fará a prova em 16/11 e o 2ºB em 18/11, conforme já informado em sala de aula.

Bom estudo!

https://www.dropbox.com/s/nkupsjd13wx71xv/Viol%C3%AAncia.pdf?dl=0

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Taylorismo, fordismo, toyotismo e automação, para os alunos do 2ºA e 2ºB (período diurno)

Disponibilizo a vocês mais cinco conteúdos sobre a temática do trabalho, que estamos estudando neste terceiro bimestre.

No primeiro link, vocês poderão acessar o conteúdo sistematizado de nossas discussões sobre taylorismo, fordismo, toyotismo, automação e problemas contemporâneos no mundo do trabalho.

Os demais links trazem textos e reportagens atuais, lidos e discutidos em sala de aula, que abordam a crescente taxa de desemprego no Brasil, a precária situação dos trabalhadores no sudeste da Ásia, o desemprego entre os jovens.

Lembrando que, para o provão de 26/9, além dos conteúdos abaixo, vocês deverão estudar os conteúdos postados neste blog em 29/8.

Bom estudo!


https://www.dropbox.com/s/0vn90tsa425f8mt/Taylorismo%2C%20Fordismo%2C%20Toyotismo%2C%20Automa%C3%A7%C3%A3o.pdf?dl=0

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/08/1808363-taxa-de-desemprego-sobe-para-116-e-bate-recorde.shtml

http://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2016/06/escravos-da-moda-os-bastidores-nada-bonitos-da-industria-fashion.html

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi2105200807.htm

https://www.dropbox.com/s/92a9m5lnrugyyib/Desemprego%20entre%20jovens%202.doc?dl=0

Conteúdos sobre etnocentrismo e relativismo cultural para os alunos do 1ºA e 1ºB (período diurno)

Neste terceiro bimestre, temos refletido sobre ideias e conceitos muito importantes nas Ciências Sociais: diversidade cultural, etnocentrismo e relativismo cultural. Sendo assim, disponibilizo a vocês quatro conteúdos.

No primeiro link, vocês encontram um texto acadêmico escrito em linguagem simples com reflexões sobre etnocentrismo e relativismo cultural.


No segundo link, vocês terão a oportunidade de ler uma reportagem e assistir a um vídeo, ambos publicados em maio de 2015, no site da Folha de S.Paulo, em que muçulmanos contam como é seguir o islã no Brasil e que tipos de preconceitos e discriminações enfrentam, por terem características culturais tão diferentes das nossas.


No terceiro link, vocês terão a possibilidade de reler o texto "Funeral celeste", sobre um ritual fúnebre realizado nas montanhas do Tibet.

https://www.dropbox.com/s/lxz5p6m0uflrl3i/Funeral%20celeste.doc?dl=0

Por fim, um texto com diferentes rituais fúnebres praticados em diversas partes do mundo.

https://www.dropbox.com/s/pwgsctu7wak6g8e/Rituais%20da%20morte%20em%20diferentes%20culturas%20e%20pa%C3%ADses.doc?dl=0

Lembrando que, para o provão de segunda-feira 26 de setembro, vocês deverão estudar, além dos materiais presentes neste post, os conteúdos do caderno do aluno, volume 2, trabalhados em sala de aula.

Bom estudo!

Textos sobre consumismo, para as turmas 7ºA, 7ºB, 8ºA, 8ºB e 9ºA (oficinas)

Ao longo deste bimestre, temos discutido o tema "consumo, consumismo e sociedade de consumo" em sala de aula, durante as nossas oficinas.

Vimos filmes, lemos e debatemos textos, em algumas turmas realizamos debate (7ºB, 8ºA e 9ºA) e vocês produziram redações sobre o assunto.

Para que possam refrescar a memória para o provão de segunda-feira, dia 26/9, disponibilizo, neste post, quatro textos trabalhados neste bimestre: a crônica "Consumistas", de Ivan Ângelo, o poema "Eu, etiqueta", de Carlos Drummond de Andrade, e duas reportagens, uma do jornal Folha de S. Paulo e outra da revista Isto É.

As questões do provão das turmas 7ºB e 9ºA serão exclusivamente sobre "consumo, consumismo e sociedade de consumo". As questões do provão para as turmas 7ºA, 8ºA e 8ºB abordarão este tema e, também, o tema "preconceito e discriminação", encerrado com a exibição do filme "Histórias cruzadas", na sala de informática.

Boa leitura e bom provão a todos.



sábado, 17 de setembro de 2016

Conteúdo sobre Estado Moderno, para os alunos do 3ºA e do 3ºB (período diurno)

Segue, no link abaixo, o conteúdo sobre Estado Moderno, que temos trabalhado em sala de aula desde o início de agosto.

O conteúdo deverá ser estudado para o provão do dia 26/9 e também será de importante utilização para a elaboração da atividade sobre o filme "Adeus, Lênin", cujas orientações estão contidas no post imediatamente abaixo.

Os itens Estado de bem-estar social e Estado neoliberal, presentes neste material, serão trabalhados nas próximas aulas.

https://www.dropbox.com/s/c9jjamq8av3b8jd/Estado%20Moderno.pdf?dl=0

Orientações para a elaboração da atividade sobre o filme "Adeus, Lênin", para os alunos do 3ºA e 3ºB (diurno)

Os alunos das turmas 3ºA e 3ºB (período diurno) deverão produzir uma análise escrita e individual do filme "Adeus, Lênin", assistido na sala de informática.

O texto deverá ser obrigatoriamente manuscrito e ter, no mínimo, 40 linhas. Observem que estou pedindo uma análise e não um resumo. Vocês deverão relacionar questões presentes no filme com as discussões que fizemos em sala de aula sobre Estados nacionalistas, especialmente o Estado socialista de inspiração soviética, que ganhou contornos bastante claros a partir do stalinismo.

Sempre é bom reforçar que textos extraídos da internet ou copiados de colegas receberão nota zero. Conto com uma produção autoral de cada um de vocês.

Para melhor compreender o contexto do filme, é fundamental revisar os slides referentes aos Estados socialistas de inspiração soviética e stalinista, presentes no conteúdo sobre Estado Moderno que postarei em seguida, neste blog, para vocês.

Prazos de entrega:

3ºA: 27/9/16 (terça-feira)

3ºB: 29/9/16 (quinta-feira)

Bom trabalho!

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Atenção alunos do 9ºA! Seguem as reportagens sobre consumo para a conclusão, em casa, da atividade iniciada em aula

Nos links a seguir, disponibilizo as duas reportagens que tratam do tema consumo, necessárias para a conclusão das questões sobre o filme "Os delírios de consumo de Becky Bloom", cujas respostas vocês começaram a desenvolver nas aulas de hoje, 14/9.

Lembrando que vocês deverão trazer a atividade concluída para as aulas de amanhã, 15/9, quinta-feira.


sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Simulado gratuito e on-line para o Enem

O jornal Folha de S.Paulo e a Adaptativa, empresa de tecnologia educacional, abriram no dia 5 de setembro as inscrições para o simulado do Enem 2016. A participação é gratuita e a prova será feita on-line no período de 19 a 25 de setembro.

Para mais informações, clique no link a seguir:

http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2016/09/1810226-folha-abre-inscricoes-para-simulado-online-e-gratuito-do-enem.shtml

Para realizar a sua inscrição no simulado, clique abaixo:

http://www.adaptativa.com.br/simuladofolha-enem2016

Aproveitem esta oportunidade para testar os seus conhecimentos e se familiarizar com este tipo de prova. O Enem, de verdade, acontecerá nos dias 5 e 6 de novembro.



quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Análise da obra "Os estabelecidos e os outsiders", de Norbert Elias, para as turmas 2ºTC e 2ºTD (período noturno)

Outsider, em uma livre tradução, significa “aquele que é ou vem de fora”, enfim, aquele que originalmente não faz parte de um determinado meio e é estigmatizado por isso.

Foi o sociólogo Norbert Elias (1897-1990) o formulador da relação “estabelecidos e outsiders”, que vem sendo utilizada pela Sociologia desde então para analisar várias situações em que um grupo humano estigmatiza e discrimina outro.

Nascido em Breslau, na época pertencente à Alemanha (hoje, a cidade faz parte da Polônia), Elias escreveu um livro clássico na Sociologia, em parceria com John Scotson, chamado “Os estabelecidos e os outsiders” (1965), fruto de uma pesquisa realizada por ambos para investigar as tensões existentes em uma pequena cidade inglesa (no livro, batizada com o nome fictício de Winston Parva).

Inicialmente, Elias e Scotson pretendiam estudar as diferenças nos níveis de delinquência registrados em dois bairros, o mais tradicional e o mais novo de Winston Parva. No decorrer da pesquisa, mudaram o foco de análise. Isso aconteceu porque, embora as diferenças nos níveis de delinquência praticamente não existissem, quando comparados os dois bairros, o bairro mais tradicional continuava classificando o mais novo como local violento. O estudo permitiu, portanto, identificar um tema universal: como um grupo estabelecido estigmatiza um outro grupo, tratando-o como outsider.

Os estabelecidos consideram-se humanamente superiores aos outsiders (em toda relação de preconceito está implícita a ideia de superioridade). Os estabelecidos recusam-se a ter qualquer outro tipo de contato com os outsiders que não seja profissional. Razões que podem fazer com que o primeiro grupo hostilize o segundo: diferenças socioeconômicas, de classe, de religião, étnicas, raciais, de estilos de vida, costumes, etc. Notem que o preconceito, no caso, não é individual, é coletivo, é como se os outsiders fossem portadores de uma desonra grupal.

Resumo da pesquisa conduzida por Elias e Scotson
A cidade inglesa de Winston Parva era composta por três zonas, chamadas no estudo de zonas 1, 2 e 3. Na zona 1, quase a totalidade das famílias era de classe média (em suas bordas, havia algumas poucas residências proletárias), o nível de escolarização era mais alto e as casas eram mais amplas e tinham um padrão nitidamente superior às existentes nas zonas 2 e 3. Além disso, havia empresários residindo no local, bem como profissionais tecnicamente mais qualificados, como engenheiros. As famílias tinham poucos filhos e mantinham uma certa atitude de distanciamento em relação à vizinhança, característica marcante de pessoas que passaram pelo aburguesamento dos modos: as pessoas frequentavam pouco as casas umas das outras e nunca sem antes avisar, tinham reduzida atuação social, eram contidas, discretas, silenciosas, circunspectas. Como algumas dessas famílias eram originárias da zona 2 e mudaram-se para a zona 1 quando ascenderam socialmente, passaram a ser admiradas pelos moradores da zona 2. Por fim, a criminalidade era baixa e os jovens não tinham problemas com a Justiça.

As zonas 2 e 3 apresentavam muitos aspectos semelhantes. Eram bairros proletários, formados basicamente por mão-de-obra operária, as famílias tinham mais filhos e o nível educacional era significativamente mais baixo que na zona 1 (os bairros das zonas 2 e 3 abrigavam desde operários mais qualificados até trabalhadores braçais). Não havia diferenças étnicas, religiosas, econômicas e educacionais marcantes entre os moradores das zonas 2 e 3. Porém, como os moradores da zona 2 chegaram à Winston Parva no início da constituição da localidade, criaram fortes laços sociais e uma impressionante coesão interna. Apresentavam um nível intenso de interação, que se aprofundava à medida que muitos dos casamentos aconteciam entre integrantes das famílias do bairro, fazendo com que a zona 2 ganhasse a conformação de uma “grande e única família”. Essa coesão criava princípios rígidos de conduta, cuja obediência proporcionava status a quem andava na linha e a desobediência condenava o “desviante” ao ostracismo e a todo tipo de recriminações públicas ou veladas, por meio das fofocas. Esses fortes laços resultavam em um ambiente de grande vigilância de uns sobre os outros, mas também era eficaz na resolução de problemas dos seus membros. As famílias pioneiras, as que chegaram no início da conformação do bairro, tinham ainda uma forte ascendência moral sobre todos.

Embora Elias tenha mencionado que aos olhos de um forasteiro as zonas 2 e 3 fossem bairros bastante semelhantes, tanto na configuração das ruas e de suas casas simples, como nas características étnicas, religiosas, educacionais e econômicas, os habitantes da zona 2 eram orgulhosos do bairro em que viviam e repetidamente manifestavam a sua percepção de grande superioridade em relação aos moradores da zona 3. Na zona 2, ainda havia algumas poucas residências de classe média, o que aumentava a sensação de orgulho dos moradores por seu bairro.

Se dos pontos de vista urbanístico, arquitetônico, econômico, étnico, educacional e religioso a zona 3 era muito parecida com a zona 2, o fato de a zona 3 reunir moradores que chegaram aos poucos, especialmente durante a Segunda Guerra e após os bombardeios realizados pelos alemães em Londres, fez com que seus moradores levassem uma vida autônoma marcada pela reserva, sem muitas relações sociais e sem os fortes vínculos que caracterizavam a zona 2 e determinavam as condutas de seus habitantes. Considerados, por seu estilo de vida, como uma ralé pelos moradores da zona 2, alguns habitantes da zona 3 demonstravam ressentimento – especialmente os jovens, que muitas vezes provocavam arruaças e tinham problemas com a lei – e outros acabavam por reconhecer como legítimas as discriminações que sofriam. A zona 3 ainda tinha uma minoria de casas bastante pobres, habitadas por pessoas mais rudes e barulhentas, que frequentemente se envolviam em problemas com a polícia. Injustamente, o comportamento de uma minoria era tomado como se fosse da maioria. Muitos dos moradores da zona 3 ouvidos por Elias e Scotson manifestaram o interesse de deixar o bairro, um comportamento diametralmente oposto ao registrado na zona 2, cujos moradores só imaginavam deixar o bairro se fosse para se mudar para a zona 1.

Basicamente, portanto, a diferença entre as zonas 2 e 3, segundo Elias, era a forte coesão social e os intensos vínculos de uma vida conjunta presentes na zona 2, bairro que também concentrava grande parte das igrejas, clubes, associações e pubs de Winston Parva, equipamentos que colaboravam para o fortalecimento desses vínculos. A coesão dava mais poder aos moradores da zona 2, que, sentindo-se ameaçados pelos outsiders, rechaçavam este grupo. O embate trata-se, assim, de uma luta por poder. A pesquisa também evidencia que grupos organizados podem alcançar mais facilmente o poderA coesão é alcançada quando ocorre a total aceitação das regras do grupo por seus integrantes.

O choque de estilos de vida proporcionava a forte discriminação dos moradores das zonas 1 (de forma mais branda) e 2 (muito intensa) em relação aos moradores da zona 3, que eram vistos como rudes, sujos, barulhentos, promíscuos, beberrões, desonestos e arruaceiros pelos demais moradores de Winston Parva.

Que tipo de luta se desenvolve entre grupos estabelecidos e grupos outsiders?
Tomando por referência o embate descrito por Norbert Elias no livro “Os estabelecidos e os outsiders”, trata-se, na ótica dos atores participantes, da luta dos limpos, bons, justos, ordeiros, trabalhadores, enfim, “superiores” contra os sujos, promíscuos, beberrões, vagabundos, arruaceiros, favelados, “inferiores”.

Na verdade, se formos tomar Winston Parva como referência, é uma luta muito mais dos estabelecidos contra os outsiders do que vice-versa. Até porque só os estabelecidos têm coesão interna, vida comunitária intensa e fortes relações sociais para atuar como grupo. Os outsiders seriam caracterizados pela baixa integração. Por isso mesmo, sofrem toda a sorte de ataques e não conseguem revidar.

É uma luta de estilos de vida, de comportamentos sociais, para que desse embate seja feita uma hierarquização da sociedade, com diferenciação de status, assim como Norbert Elias já havia mostrado na obra “O processo civilizador”. Isso fica claro porque no livro “Os estabelecidos e os outsiders” os bairros de onde surgem e para onde se direcionam os ataques são habitados por famílias de operários, marcadas por grande uniformidade econômica, educacional, religiosa e étnica. O que os diferenciam são a intensa vida comunitária, o grau de coesão interna construído ao longo de várias gerações na zona 2 e os fortes vínculos sociais e familiares, elementos que criam rígidas normas de conduta privadas e coletivas e punições implacáveis a quem se desgarra das normas.

Por considerar o seu estilo de vida muito superior ao dos outsiders, os estabelecidos colocam-se em posição de superioridade, assim como o bairro em que vivem. Recém-chegados, sem vínculos sociais e acuados, resta aos outsiders o ressentimento (ou a resignação).

Os embates ocorridos na pequena cidade inglesa de Winston Parva servem, para Norbert Elias, como microcosmo para a compreensão do funcionamento da sociedade de forma geral.

Comportamentos típicos de grupos estabelecidos e grupos outsiders
De acordo com Norbert Elias, os estabelecidos seriam caracterizados por uma forte coesão social, estruturada em vínculos bastante rígidos que criariam um sistema geral de fiscalização de condutas. Esse sistema premiaria as atitudes consideradas positivas por esse grupamento de pessoas e puniria os desviantes com a perda de status na comunidade, o ostracismo e o ataque à reputação por meio de fofocas e difamações veladas. Os vínculos, no caso da zona 2, foram estabelecidos pela antiguidade da comunidade – chegaram ao bairro quando ele começara a se formar –, pela composição familiar (casamentos entre integrantes das famílias do bairro fizeram com que surgisse, na verdade, uma grande família) e pela intensa vida social e comunitária em igrejas, associações, clubes e pubs.

Já os outsiders seriam caracterizados por uma vida sem vínculos sociais com a comunidade e por um estilo de vida basicamente marcado pela baixa coesão. Se na zona 1 de Winston Parva a atitude de reserva era vista como sinal de distinção, educação diferenciada, discrição e aburguesamento dos modos, no “beco dos ratos” (zona 3) a mesma atitude de reserva era vista como fragilidade de caráter, sinal de desonestidade, decadência moral e toda sorte de comportamentos desprezíveis. Ou seja, a incompatibilidade de estilos de vida é que faz um grupo ganhar o status de estabelecidos ou o estigma de outsiders.

Elias parte da análise das relações entre os moradores das três zonas de Winston Parva não apenas para identificar os estabelecidos e os outsiders na cidade industrial inglesa, mas também para compreender as características que tornam determinados grupos como estabelecidos e outsiders em sociedades dos mais variados tipos. Winston Parva funciona como um pequeno laboratório para tirar conclusões mais abrangentes sobre o funcionamento da sociedade de forma geral.

Ricardo Lugó

Conteúdos sobre diversidade cultural, imigração, migração e o "estrangeiro" (segundo Simmel), para as turmas 2ºTC e 2ºTD (período noturno)

Clicando no link a seguir, vocês poderão acessar conteúdo com os temas discutidos em sala de aula ao longo do mês de agosto: diversidade cultural, imigração, migração e a noção de "estrangeiro", segundo Georg Simmel.

https://www.dropbox.com/s/7qbn4ezjo6kh88d/Diversidade%20cultural%20e%20imigra%C3%A7%C3%A3o.pdf?dl=0

Mas os conteúdos não param por aí. No link a seguir, temos a letra da canção "Paratodos", de Chico Buarque, lida e discutida em sala de aula.

https://www.dropbox.com/s/s1s0uvzra6uqpnm/Letra%20de%20Paratodos.doc?dl=0

Clicando no link abaixo, você poderá assistir ao documentário "No desistas", que fala dos imigrantes bolivianos que se estabeleceram em São Paulo.

https://www.youtube.com/watch?v=8wqGIz7DZfI

Já por meio do próximo link, você poderá assistir ao documentário "SP Creole", que fala sobre a chegada dos refugiados haitianos ao Brasil e, particularmente, a São Paulo.

https://www.youtube.com/watch?v=DEdea7zMeq8

No link a seguir, o documentário "Identidades em trânsito" retrata as experiências de estudantes de Cabo Verde e Guiné-Bissau, ex-colônias portuguesas, em universidades brasileiras.

http://portacurtas.org.br/filme/?name=identidades_em_transito

Sobre o genocídio armênio, cometido pelo império turco otomano, em 1915, e a presença da colônia armênia na zona norte da capital paulista, você confere no link a seguir o documentário "Sangue armênio":

https://www.youtube.com/watch?v=3etd_LW5X1M

Por fim, o esquete "Imigração", do grupo "Porta dos Fundos".

https://www.youtube.com/watch?v=EweYE0HJSH8

Bom estudo!

Inscrições para a Fuvest encerram-se em 8 de setembro

Termina nesta quinta-feira 8 de setembro o prazo para inscrição na Fuvest, vestibular que dá acesso aos cursos da Universidade de São Paulo (USP), melhor instituição de ensino superior da América Latina e também quando comparada a instituições de Portugal e Espanha.

A taxa de inscrição, para quem não conseguiu a isenção, é de R$ 160,00. Lembrando que a inscrição deve ser feita online, por meio do site cujo link segue ao final deste post.

Conforme tenho divulgado sistematicamente neste blog, alunos da rede pública e afrodescendentes ou indígenas têm direito a bônus em suas notas na primeira e segunda fases da Fuvest.

Aproveitem esta oportunidade!

Para mais informações, clique abaixo:

www.fuvest.com.br

Prazo para pedido de isenção na inscrição do vestibular da Unesp termina em 8 de setembro

Os candidatos que quiserem reivindicar isenção total ou parcial na taxa de inscrição do vestibular da Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) deverão preencher o formulário eletrônico no site www.vunesp.com.br até 8 de setembro e enviar até 9 de setembro, por meio dos Correios, os documentos solicitados, para o endereço indicado no site.

A Unesp é uma universidade pública (oferece ensino gratuito) que está entre as melhores do Brasil. Seus campi estão localizados quase que exclusivamente no interior do Estado de São Paulo.

http://www.vunesp.com.br/vnsp1611/

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Orientações para atividade valendo nota de 0 a 10, destinada às turmas 3ºTB e 3ºTC (noturno)

Elabore, individualmente, um texto em que você deverá articular o discurso de Martin Luther King, lido e discutido em sala de aula (disponível neste blog), com os conteúdos trabalhados em classe sobre a cidadania moderna e seus direitos fundamentais (civis, políticos, sociais e humanos).
Reflita, também, sobre a realidade atual brasileira. Que tipos de direitos são garantidos em sua plenitude, no Brasil, e em quais grupos de direitos ainda temos muito a avançar? Em nosso país, todos têm plena igualdade de acesso à cidadania? Há grupos marginalizados? Quais? Procure sempre fundamentar a sua resposta com argumentos e exemplos.
O texto poderá ser manuscrito ou digitado e deverá ter, no mínimo, 30 linhas de extensão.

Prazo de entrega: 26 de setembro (segunda-feira)

Martin Luther King, Malcolm X e os "Panteras Negras": três formas de luta pela extensão dos direitos civis aos negros nos EUA (para os alunos do 3ºTB e 3ºTC, do período noturno)

O link abaixo, da revista Mundo Estranho, da Editora Abril, sintetiza as três formas de luta que se tornaram hegemônicas na década de 1960, nos EUA, com o objetivo de estender os direitos civis à população negra.

O pastor Martin Luther King defendia mobilizações pacíficas e boicotes, por exemplo, como formas mais adequadas para a busca da igualdade entre brancos e negros.

O líder muçulmano Malcolm X admitia ações violentas como formas de defesa da população negra. No entanto, não operava sob a lógica da igualdade. Defendia a supremacia negra e o separatismo.

Por fim, os "Panteras Negras" desejavam a luta armada como forma de proteger os negros da violência policial. Reivindicavam, também, o pagamento de indenizações a famílias negras, por causa da escravidão, e a libertação imediata de todos os negros que se encontravam cumprindo penas no sistema prisional norte-americano.

Cinquenta anos depois, o legado pacifista e politicamente mais sofisticado de Martin Luther King parece ser o mais duradouro. Os "Panteras Negras" foram diligentemente perseguidos pelo FBI e a Justiça dos EUA, definharam e extinguiram-se no início da década de 1980. E pouco se fala de Malcolm X, ainda mais por ele ter sido seguidor do islã, em um país que, desde o final da década de 1970, após a Revolução Islâmica ocorrida no Irã, vem tendo sucessivos embates diplomáticos, políticos e militares no Oriente Médio.

Segue o link para leitura:

http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quem-foram-os-panteras-negras

Fragmentos do discurso de Martin Luther King, para os alunos do 3ºTB e 3ºTC (período noturno)

Estamos estudando desde o início do segundo semestre os direitos civis, políticos, sociais e humanos, que estruturam a cidadania moderna.

Em 28 de agosto de 1963, o pastor batista Martin Luther King (1929-1968), líder do movimento que reivindicava a extensão dos direitos civis aos negros norte-americanos, reuniu 250 mil pessoas em uma marcha realizada em Washington. Proferido por Luther King bem em frente ao Lincoln Memorial, monumento que homenageia o ex-presidente norte-americano Abraham Lincoln (cuja gestão acabou com a escravidão nos EUA), o discurso popularmente conhecido como "Eu tenho um sonho" até hoje é lembrado por ser uma das peças mais contundentes em defesa da igualdade e contra a discriminação racial.

Vencedor do Prêmio Nobel da Paz, em 1964, Martin Luther King foi assassinado no dia 4 de abril de 1968, por um segregacionista branco (indivíduo favorável à continuidade da segregação dos negros na sociedade norte-americana), na cidade de Memphis, antes de mais uma marcha que conduziria em defesa dos direitos civis e contra a discriminação racial.

A seguir, os fragmentos de seu discurso antológico: 

“[...] Há cem anos, um grande americano, sob cuja simbólica sombra nos encontramos, assinou a Proclamação da Emancipação. Esse decreto fundamental foi como um grande raio de luz de esperança para milhões de escravos negros que tinham sido marcados a ferro nas chamas de uma vergonhosa injustiça. Veio como uma aurora feliz para pôr fim à longa noite de cativeiro. Mas, cem anos mais tarde, devemos encarar a trágica realidade de que o negro ainda não é livre. Cem anos mais tarde, a vida do negro está ainda infelizmente dilacerada pelas algemas da segregação e pelas correntes da discriminação. Cem anos mais tarde, o negro ainda vive numa ilha isolada de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos mais tarde, o negro ainda definha nas margens da sociedade americana estando exilado em sua própria terra. Por isso, encontramo-nos aqui hoje para dramatizar essa terrível condição.

De certo modo, viemos à capital do nosso país para descontar um cheque. Quando os arquitetos da nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam a assinar uma nota promissória da qual todo americano seria herdeiro. Essa nota foi uma promessa de que todos os homens teriam garantia aos direitos inalienáveis de “vida, liberdade e à procura de felicidade”.

É óbvio que a América de hoje ainda não pagou essa nota promissória no que concerne aos seus cidadãos de cor. Em vez de honrar esse compromisso sagrado, a América entregou ao povo negro um cheque inválido devolvido com a seguinte inscrição: “Saldo insuficiente”.

Porém recusamo-nos a acreditar que o banco da justiça abriu falência. Recusamo-nos a acreditar que não haja dinheiro suficiente nos grandes cofres de oportunidade desse país. Então viemos para descontar esse cheque, um cheque que nos dará à vista as riquezas da liberdade e a segurança da justiça.

[...] Agora é tempo de tornar reais as promessas da democracia. Agora é hora de sair do vale escuro e desolado da segregação para o caminho iluminado da justiça racial. Agora é hora de retirar a nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a sólida rocha da fraternidade. Agora é hora de transformar a justiça em realidade para todos os filhos de Deus.

Seria fatal para a nação não levar a sério a urgência desse momento. Esse verão sufocante da insatisfação legítima do negro não passará até que chegue o revigorante outono da liberdade e igualdade. Mil novecentos e sessenta e três não é um fim, mas um começo. E aqueles que creem que o negro só precisava desabafar e que agora ficará sossegado, acordarão sobressaltados se o país voltar ao ritmo normal.

Não haverá nem descanso nem tranquilidade na América até o negro adquirir seus direitos como cidadão. Os turbilhões da revolta continuarão a sacudir os alicerces do nosso país até que o resplandecente dia da justiça desponte [...].

[...] Há quem pergunte aos defensores dos direitos civis: “Quando é que ficarão satisfeitos?” Não estaremos satisfeitos enquanto o negro for vítima dos indescritíveis horrores da brutalidade policial. Jamais poderemos estar satisfeitos enquanto os nossos corpos, cansados com as fadigas da viagem, não conseguirem ter acesso aos hotéis de beira de estrada e das cidades. Não poderemos estar satisfeitos enquanto a mobilidade básica do negro for passar de um gueto pequeno para um maior. Não podemos estar satisfeitos enquanto nossas crianças forem destituídas de sua individualidade e privadas de sua dignidade por placas onde se lê “somente para brancos”. Não poderemos estar satisfeitos enquanto um negro no Mississippi não puder votar e um negro em Nova Iorque achar que não há nada pelo qual valha a pena votar. Não, não, não estamos satisfeitos e só estaremos satisfeitos quando “a justiça correr como a água e a retidão como uma poderosa corrente” [...].

Digo-lhes hoje, meus amigos, que, apesar das dificuldades e frustrações do momento, eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.

Eu tenho um sonho que um dia essa nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença: “Consideramos essas verdades como auto-evidentes que todos os homens são criados iguais.”

Eu tenho um sonho que um dia, nas montanhas rubras da Geórgia, os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes de donos de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade.

Eu tenho um sonho que um dia mesmo o estado do Mississippi, um estado desértico sufocado pelo calor da injustiça, e sufocado pelo calor da opressão, será transformado num oásis de liberdade e justiça.

Eu tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter. Eu tenho um sonho hoje.

Eu tenho um sonho que um dia o estado do Alabama, com seus racistas cruéis, cujo governador cospe palavras de “interposição” e “anulação”, um dia bem lá no Alabama meninos negros e meninas negras possam dar-se as mãos com meninos brancos e meninas brancas, como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje [...].

E quando isso acontecer, quando permitirmos que a liberdade ressoe, quando a deixarmos ressoar de cada vila e cada lugar, de cada estado e cada cidade, seremos capazes de fazer chegar mais rápido o dia em que todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios (não-judeus), protestantes e católicos, poderão dar-se as mãos e cantar as palavras da antiga canção espiritual negra: “Finalmente livres! Finalmente livres! Graças a Deus Todo Poderoso, somos livres, finalmente.”

Conteúdos sobre "cidadania" e "avanços e retrocessos da cidadania no Brasil" para os alunos do 3ºTB e 3ºTC (período noturno)

Nos links abaixo, disponibilizo a vocês os conteúdos sobre "cidadania" e, também, sobre os "avanços e retrocessos da cidadania no Brasil" ao longo da história. Temos trabalhado estes assuntos em sala de aula desde o início do segundo semestre.

Bom estudo!

https://www.dropbox.com/s/ejqjxznkal0cbjt/Cidadania.pdf?dl=0

https://www.dropbox.com/s/6j59aocfl5fg6d8/Avan%C3%A7os%20e%20retrocessos%20da%20cidadania%20no%20Brasil.pdf?dl=0

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Atenção alunos das turmas 2ºTC e 2ºTD do período noturno (EJA): seguem as orientações para a realização do trabalho deste bimestre

Seguem as orientações para o trabalho deste bimestre. Dando sequência aos nossos estudos sobre a diversidade cultural existente no Brasil, você deverá conduzir uma entrevista com um migrante ou imigrante. Conforme temos debatido em sala de aula, o imigrante e o migrante contribuem imensamente para aumentar a diversidade cultural em nosso país. Isso é notável na cidade em que vivemos, São Paulo, lugar que tem atraído milhões de pessoas de outras nações e regiões do Brasil desde o final do século 19.

Você deverá realizar a sua entrevista preferencialmente (mas não obrigatoriamente) com alguém da família ou com quem tenha vínculo de amizade. A vantagem de entrevistar alguém da família ou um amigo é que você poderá selecionar uma pessoa com quem tenha mais intimidade e que, provavelmente, ficará mais à vontade para falar detalhadamente sobre o próprio processo de imigração/migração e sobre como foi a adaptação por aqui.

Para realizar a entrevista, você deverá usar como base o seguinte roteiro:

1) Como se deu a sua imigração/migração? Por que resolveu deixar a terra natal?

2) Veio sozinho ou veio com a família?

3) O que você sabia da cidade (ou Estado ou país) para a qual se dirigia?

4) Há quanto tempo está no bairro (ou cidade) para o qual se dirigiu?

5) Sentiu-se um estrangeiro, uma pessoa de fora, ao chegar? Que situações mais o fizeram se sentir um estrangeiro, uma pessoa de fora?

6) Ainda se sente um estrangeiro?

7) Já pôde voltar ao seu local de origem, mesmo que apenas de férias? Como foi a sua volta?

8) Já sentiu vontade de voltar definitivamente ao seu local de origem? Se sim, por que resolveu permanecer aqui?

9) Se voltou definitivamente ao local de origem, por que voltou?

10) Foi vítima de alguma discriminação ou preconceito quando chegou? Ainda é? Em que situações isso ocorreu ou ainda ocorre?

11) Quais foram as suas maiores dificuldades de adaptação ao novo lugar?

12) Quando chegou aqui, estabeleceu-se sozinho ou procurou morar perto de outros conterrâneos que já haviam chegado aqui antes, para facilitar o processo de adaptação?

13) Quando retornou ao seu local de origem, mesmo que seja apenas de férias, sentiu-se um estrangeiro também lá? Sua readaptação foi fácil?

14) Que hábitos você continua mantendo do seu local de origem e que hábitos daqui você incorporou, desde que chegou?

Além das 14 questões acima, você pode incluir quantas quiser, desde que estejam relacionadas com os assuntos abordados em sala de aula. Deixe a sua criatividade correr solta. Às vezes, uma resposta do entrevistado pode despertar no entrevistador várias outras questões. Peça sempre que o seu entrevistado se aprofunde nas respostas. Frequentemente, as pessoas limitam-se a responder "sim" ou "não" às perguntas. Incentive, portanto, o seu entrevistado a desenvolver mais as suas respostas.

Se tiver a possibilidade, grave a entrevista e depois a transcreva para o papel, para não perder nenhum detalhe das respostas do entrevistado.

A entrevista que você entregará ao professor poderá ser manuscrita ou digitada e o seu trabalho será individual. Lembre-se de escrever uma introdução que apresente o entrevistado, qual a sua vinculação com ele (familiar, amigo, vizinho, alguém indicado por um conhecido, etc.), o local da entrevista e a data de sua realização. O seu trabalho deverá ser entregue ao professor na seguinte data:

2ºTC: 23/9
2ºTD: 26/9

Bom trabalho!

Conteúdos iniciais sobre o tema "Trabalho", para os alunos das turmas 2ºA e 2ºB (período diurno) do Narbal

Nos links abaixo, disponibilizo todos os conteúdos relacionados ao tema "Trabalho", discutidos nas aulas ao longo de agosto.

O primeiro link traz as transformações pelas quais a noção "Trabalho" passou ao longo da história. De algo depreciativo, reservado às camadas consideradas mais rudes e pouco escolarizadas da sociedade, até se transformar em algo que supostamente dignificaria a existência humana.

O segundo link explora como Émile Durkheim, Karl Marx e Max Weber refletiram sobre o tema "Trabalho".

Na sequência, apresentam-se três links com textos, lidos e debatidos em aula, que nos ajudam a entender melhor a noção de "trabalho alienado", em Marx. São eles: "Trabalho alienado", do economista Eduardo Giannetti da Fonseca, "O arquivo", do escritor Victor Giudice, e "Construção", letra da canção do compositor Chico Buarque.

Bons estudos!

https://www.dropbox.com/s/butuuj0bnyj0fkp/Trabalho%20-%20Aula%202%20e.m..pdf?dl=0

https://www.dropbox.com/s/rfoaxbh8ypce5qf/Divis%C3%A3o%20Social%20do%20Trabalho.pdf?dl=0

https://www.dropbox.com/s/0w4xcafewbcsbgg/Trabalho%20alienado%20%28Eduardo%20Giannetti%20da%20Fonseca%29.pdf?dl=0

https://www.dropbox.com/s/5vlq4ct2uuagph7/O%20arquivo%20%28Victor%20Giudice%29.pdf?dl=0

https://www.dropbox.com/s/j1grk2dl15h2f34/Constru%C3%A7%C3%A3o%20-%20Chico%20Buarque.pdf?dl=0

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Prazo para pedido de isenção na taxa de inscrição da Fuvest termina em 11/8

Seguem, no link a seguir, as informações sobre a solicitação de isenção na taxa de inscrição da Fuvest.

Note que você deverá se cadastrar no site da Fuvest até 11/8/16 e enviar os documentos solicitados, por meio de correspondência registrada, até 12/8/16.

Se você for elegível a este benefício, aproveite esta oportunidade.

http://www.fuvest.br/vest2017/informes/ii032017.html

quinta-feira, 7 de julho de 2016

USP vai reservar 20% de suas vagas para ingressos via Enem

Trata-se, segundo reportagem da Folha de S.Paulo disponível no link abaixo, do maior avanço já feito para aumentar a inclusão na universidade. A medida ainda beneficia negros, pardos e indígenas, desde que tenham estudado na rede pública.

Quem tentar o ingresso na USP via Fuvest também poderá se beneficiar do Inclusp (Programa de Inclusão Social da USP).

O candidato que cursou integralmente o ensino médio na rede pública ganha bônus de 12% em sua nota, pelo Inclusp. Aquele que cursou, além do ensino médio, o ensino fundamental na rede pública recebe 15% de bônus em sua nota. E se o candidato for negro, pardo ou indígena poderá acrescer mais 5% de bônus aos percentuais anteriores, que se aplicam à nota da primeira fase e à nota final obtida na Fuvest.

É importante salientar que você poderá tentar o seu ingresso na USP, simultaneamente, pelos dois caminhos: Fuvest e Enem. Aproveite estas oportunidades para estudar na universidade de maior prestígio da América Latina e, também, quando comparada às universidades ibéricas (portuguesas e espanholas).

http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2016/07/1789291-usp-vai-usar-enem-para-20-das-vagas.shtml

sábado, 2 de julho de 2016

Confira todos os temas de redação já cobrados no Enem e os temas de redação da Fuvest desde 2000

Os temas de redação cobrados nos vestibulares sempre abordam questões presentes na sociedade.

Nos dois links ao final deste post, disponibilizo a vocês todos os temas de redação já cobrados no Enem e os temas de redação cobrados na segunda fase da Fuvest desde o ano 2000.

Violência contra a mulher, publicidade infantil, consumismo, comunicação de massa, cidadania, liberdade de expressão, direito ao voto, discriminação/preconceito, intolerância, imigração, diversidade, mundo do trabalho e processos de socialização foram alguns dos temas cobrados nesses vestibulares.

Sendo assim, a Sociologia e as reflexões que construímos, conjuntamente, em sala de aula, ao longo das três séries do ensino médio, podem ajudá-lo (la) muito no desenvolvimento de sua redação.

Dominar conceitos como senso comum, olhar sociológico, desnaturalização, etnocentrismo, relativismo cultural (Franz Boas), determinismo geográfico, determinismo biológico, classes sociais (Karl Marx, Max Weber e Pierre Bourdieu), estrangeiro (Georg Simmel), "estabelecidos e outsiders" (Norbert Elias), hegemonia (Antonio Gramsci), indústria cultural (Theodor Adorno), dominação simbólica (Pierre Bourdieu), solidariedades orgânica e mecânica (Émile Durkheim), representações sociais (Erving Goffman), mais-valia e trabalho alienado (Karl Marx), monopólio da violência física legítima (Max Weber), entre outros tantos (e todos amplamente discutidos em sala de aula), podem ser uma mão na roda para você estruturar conceitualmente os seus argumentos, quando for preparar a sua redação.

Faça uma boa varredura neste blog e encontre conteúdos específicos sobre todos estes conceitos.

Uma boa redação pode ser a diferença entre passar no vestibular ou amargar mais um ano de cursinho.

Boa leitura dos links abaixo e bons estudos!

http://guiadoestudante.abril.com.br/fotos/veja-todos-temas-redacao-ja-cairam-enem-690408.shtml#0

http://vestibular.uol.com.br/album/2013/09/20/confira-os-ultimos-temas-de-redacao-cobrados-na-fuvest.htm#fotoNav=16

terça-feira, 14 de junho de 2016

Crônicas "Aparência e preconceito" e "Racismos", para os alunos das turmas 7ºA, 7ºB, 8ºA, 8ºB, 9ºA (oficinas)

Seguem, nos links a seguir, dois textos que lemos conjuntamente e discutimos longamente em nossas aulas de oficinas: as crônicas "Aparência e preconceito", de Reinaldo César Zanardi, e "Racismos", de Luis Fernando Veríssimo.

Os textos fazem parte da abordagem que temos feito ao tema "discriminação e preconceito", neste segundo bimestre, e deverão ser relidos para o provão de 20/6/16.

Boa releitura!

https://www.dropbox.com/s/z9wyvh8dp733r4o/Apar%C3%AAncia%20e%20preconceito%20%28cr%C3%B4nica%29.pdf?dl=0


http://noblat.oglobo.globo.com/cronicas/noticia/2007/04/racismos-53070.html

As reflexões de Gramsci, Bourdieu e Adorno sobre cultura e ideologia, sobre dominação e controle, para os alunos do 2ºA, 2ºB, 2ºTA e 2ºTB

Segue, no link a seguir, material relacionado às reflexões que temos feito nas últimas aulas sobre cultura e ideologia, dominação e controle.

https://www.dropbox.com/s/uewsh1gjoepsfm2/Cultura%20e%20ideologia.pdf?dl=0

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Análise da obra "Os estabelecidos e os outsiders", de Norbert Elias, para as turmas 2ºA, 2ºB, 2ºTA e 2ºTB

Outsider, em uma livre tradução, significa “aquele que é ou vem de fora”, enfim, aquele que originalmente não faz parte de um determinado meio e é estigmatizado por isso.

Foi o sociólogo Norbert Elias (1897-1990) o formulador da relação “estabelecidos e outsiders”, que vem sendo utilizada pela Sociologia desde então para analisar várias situações em que um grupo humano estigmatiza e discrimina outro.

Nascido em Breslau, na época pertencente à Alemanha (hoje, a cidade faz parte da Polônia), Elias escreveu um livro clássico na Sociologia, em parceria com John Scotson, chamado “Os estabelecidos e os outsiders” (1965), fruto de uma pesquisa realizada por ambos para investigar as tensões existentes em uma pequena cidade inglesa (no livro, batizada com o nome fictício de Winston Parva).

Inicialmente, Elias e Scotson pretendiam estudar as diferenças nos níveis de delinquência registrados em dois bairros, o mais tradicional e o mais novo de Winston Parva. No decorrer da pesquisa, mudaram o foco de análise. Isso aconteceu porque, embora as diferenças nos níveis de delinquência praticamente não existissem, quando comparados os dois bairros, o bairro mais tradicional continuava classificando o mais novo como local violento. O estudo permitiu, portanto, identificar um tema universal: como um grupo estabelecido estigmatiza um outro grupo, tratando-o como outsider.

Os estabelecidos consideram-se humanamente superiores aos outsiders (em toda relação de preconceito está implícita a ideia de superioridade). Os estabelecidos recusam-se a ter qualquer outro tipo de contato com os outsiders que não seja profissional. Razões que podem fazer com que o primeiro grupo hostilize o segundo: diferenças socioeconômicas, de classe, de religião, étnicas, raciais, de estilos de vida, costumes, etc. Notem que o preconceito, no caso, não é individual, é coletivo, é como se os outsiders fossem portadores de uma desonra grupal.

Resumo da pesquisa conduzida por Elias e Scotson
A cidade inglesa de Winston Parva era composta por três zonas, chamadas no estudo de zonas 1, 2 e 3. Na zona 1, quase a totalidade das famílias era de classe média (em suas bordas, havia algumas poucas residências proletárias), o nível de escolarização era mais alto e as casas eram mais amplas e tinham um padrão nitidamente superior às existentes nas zonas 2 e 3. Além disso, havia empresários residindo no local, bem como profissionais tecnicamente mais qualificados, como engenheiros. As famílias tinham poucos filhos e mantinham uma certa atitude de distanciamento em relação à vizinhança, característica marcante de pessoas que passaram pelo aburguesamento dos modos: as pessoas frequentavam pouco as casas umas das outras e nunca sem antes avisar, tinham reduzida atuação social, eram contidas, discretas, silenciosas, circunspectas. Como algumas dessas famílias eram originárias da zona 2 e mudaram-se para a zona 1 quando ascenderam socialmente, passaram a ser admiradas pelos moradores da zona 2. Por fim, a criminalidade era baixa e os jovens não tinham problemas com a Justiça.

As zonas 2 e 3 apresentavam muitos aspectos semelhantes. Eram bairros proletários, formados basicamente por mão-de-obra operária, as famílias tinham mais filhos e o nível educacional era significativamente mais baixo que na zona 1 (os bairros das zonas 2 e 3 abrigavam desde operários mais qualificados até trabalhadores braçais). Não havia diferenças étnicas, religiosas, econômicas e educacionais marcantes entre os moradores das zonas 2 e 3. Porém, como os moradores da zona 2 chegaram à Winston Parva no início da constituição da localidade, criaram fortes laços sociais e uma impressionante coesão interna. Apresentavam um nível intenso de interação, que se aprofundava à medida que muitos dos casamentos aconteciam entre integrantes das famílias do bairro, fazendo com que a zona 2 ganhasse a conformação de uma “grande e única família”. Essa coesão criava princípios rígidos de conduta, cuja obediência proporcionava status a quem andava na linha e a desobediência condenava o “desviante” ao ostracismo e a todo tipo de recriminações públicas ou veladas, por meio das fofocas. Esses fortes laços resultavam em um ambiente de grande vigilância de uns sobre os outros, mas também era eficaz na resolução de problemas dos seus membros. As famílias pioneiras, as que chegaram no início da conformação do bairro, tinham ainda uma forte ascendência moral sobre todos.

Embora Elias tenha mencionado que aos olhos de um forasteiro as zonas 2 e 3 fossem bairros bastante semelhantes, tanto na configuração das ruas e de suas casas simples, como nas características étnicas, religiosas, educacionais e econômicas, os habitantes da zona 2 eram orgulhosos do bairro em que viviam e repetidamente manifestavam a sua percepção de grande superioridade em relação aos moradores da zona 3. Na zona 2, ainda havia algumas poucas residências de classe média, o que aumentava a sensação de orgulho dos moradores por seu bairro.

Se dos pontos de vista urbanístico, arquitetônico, econômico, étnico, educacional e religioso a zona 3 era muito parecida com a zona 2, o fato de a zona 3 reunir moradores que chegaram aos poucos, especialmente durante a Segunda Guerra e após os bombardeios realizados pelos alemães em Londres, fez com que seus moradores levassem uma vida autônoma marcada pela reserva, sem muitas relações sociais e sem os fortes vínculos que caracterizavam a zona 2 e determinavam as condutas de seus habitantes. Considerados, por seu estilo de vida, como uma ralé pelos moradores da zona 2, alguns habitantes da zona 3 demonstravam ressentimento – especialmente os jovens, que muitas vezes provocavam arruaças e tinham problemas com a lei – e outros acabavam por reconhecer como legítimas as discriminações que sofriam. A zona 3 ainda tinha uma minoria de casas bastante pobres, habitadas por pessoas mais rudes e barulhentas, que frequentemente se envolviam em problemas com a polícia. Injustamente, o comportamento de uma minoria era tomado como se fosse da maioria. Muitos dos moradores da zona 3 ouvidos por Elias e Scotson manifestaram o interesse de deixar o bairro, um comportamento diametralmente oposto ao registrado na zona 2, cujos moradores só imaginavam deixar o bairro se fosse para se mudar para a zona 1.

Basicamente, portanto, a diferença entre as zonas 2 e 3, segundo Elias, era a forte coesão social e os intensos vínculos de uma vida conjunta presentes na zona 2, bairro que também concentrava grande parte das igrejas, clubes, associações e pubs de Winston Parva, equipamentos que colaboravam para o fortalecimento desses vínculos. A coesão dava mais poder aos moradores da zona 2, que, sentindo-se ameaçados pelos outsiders, rechaçavam este grupo. O embate trata-se, assim, de uma luta por poder. A pesquisa também evidencia que grupos organizados podem alcançar mais facilmente o poderA coesão é alcançada quando ocorre a total aceitação das regras do grupo por seus integrantes.

O choque de estilos de vida proporcionava a forte discriminação dos moradores das zonas 1 (de forma mais branda) e 2 (muito intensa) em relação aos moradores da zona 3, que eram vistos como rudes, sujos, barulhentos, promíscuos, beberrões, desonestos e arruaceiros pelos demais moradores de Winston Parva.

Que tipo de luta se desenvolve entre grupos estabelecidos e grupos outsiders?
Tomando por referência o embate descrito por Norbert Elias no livro “Os estabelecidos e os outsiders”, trata-se, na ótica dos atores participantes, da luta dos limpos, bons, justos, ordeiros, trabalhadores, enfim, “superiores” contra os sujos, promíscuos, beberrões, vagabundos, arruaceiros, favelados, “inferiores”.

Na verdade, se formos tomar Winston Parva como referência, é uma luta muito mais dos estabelecidos contra os outsiders do que vice-versa. Até porque só os estabelecidos têm coesão interna, vida comunitária intensa e fortes relações sociais para atuar como grupo. Os outsiders seriam caracterizados pela baixa integração. Por isso mesmo, sofrem toda a sorte de ataques e não conseguem revidar.

É uma luta de estilos de vida, de comportamentos sociais, para que desse embate seja feita uma hierarquização da sociedade, com diferenciação de status, assim como Norbert Elias já havia mostrado na obra “O processo civilizador”. Isso fica claro porque no livro “Os estabelecidos e os outsiders” os bairros de onde surgem e para onde se direcionam os ataques são habitados por famílias de operários, marcadas por grande uniformidade econômica, educacional, religiosa e étnica. O que os diferenciam são a intensa vida comunitária, o grau de coesão interna construído ao longo de várias gerações na zona 2 e os fortes vínculos sociais e familiares, elementos que criam rígidas normas de conduta privadas e coletivas e punições implacáveis a quem se desgarra das normas.

Por considerar o seu estilo de vida muito superior ao dos outsiders, os estabelecidos colocam-se em posição de superioridade, assim como o bairro em que vivem. Recém-chegados, sem vínculos sociais e acuados, resta aos outsiders o ressentimento (ou a resignação).

Os embates ocorridos na pequena cidade inglesa de Winston Parva servem, para Norbert Elias, como microcosmo para a compreensão do funcionamento da sociedade de forma geral.

Comportamentos típicos de grupos estabelecidos e grupos outsiders
De acordo com Norbert Elias, os estabelecidos seriam caracterizados por uma forte coesão social, estruturada em vínculos bastante rígidos que criariam um sistema geral de fiscalização de condutas. Esse sistema premiaria as atitudes consideradas positivas por esse grupamento de pessoas e puniria os desviantes com a perda de status na comunidade, o ostracismo e o ataque à reputação por meio de fofocas e difamações veladas. Os vínculos, no caso da zona 2, foram estabelecidos pela antiguidade da comunidade – chegaram ao bairro quando ele começara a se formar –, pela composição familiar (casamentos entre integrantes das famílias do bairro fizeram com que surgisse, na verdade, uma grande família) e pela intensa vida social e comunitária em igrejas, associações, clubes e pubs.

Já os outsiders seriam caracterizados por uma vida sem vínculos sociais com a comunidade e por um estilo de vida basicamente marcado pela baixa coesão. Se na zona 1 de Winston Parva a atitude de reserva era vista como sinal de distinção, educação diferenciada, discrição e aburguesamento dos modos, no “beco dos ratos” (zona 3) a mesma atitude de reserva era vista como fragilidade de caráter, sinal de desonestidade, decadência moral e toda sorte de comportamentos desprezíveis. Ou seja, a incompatibilidade de estilos de vida é que faz um grupo ganhar o status de estabelecidos ou o estigma de outsiders.

Elias parte da análise das relações entre os moradores das três zonas de Winston Parva não apenas para identificar os estabelecidos e os outsiders na cidade industrial inglesa, mas também para compreender as características que tornam determinados grupos como estabelecidos e outsiders em sociedades dos mais variados tipos. Winston Parva funciona como um pequeno laboratório para tirar conclusões mais abrangentes sobre o funcionamento da sociedade de forma geral.

Ricardo Lugó