segunda-feira, 28 de março de 2016

Orientações para a entrevista a ser realizada pelos alunos das turmas 2ºA e 2ºB (diurno) sobre imigração/migração

Seguem as orientações para o segundo trabalho deste bimestre. Dando sequência aos nossos estudos sobre a diversidade cultural existente no Brasil, você deverá conduzir uma entrevista com um migrante ou imigrante. Conforme temos debatido em sala de aula, o imigrante e o migrante contribuem imensamente para aumentar a diversidade cultural em nosso país. Isso é notável na cidade em que vivemos, São Paulo, lugar que tem atraído milhões de pessoas de outras nações e regiões do Brasil desde o final do século 19.

Você deverá realizar a sua entrevista preferencialmente (mas não obrigatoriamente) com alguém da família. A vantagem de entrevistar alguém da família é que você poderá selecionar uma pessoa com quem tenha mais intimidade e que, provavelmente, ficará mais à vontade para falar detalhadamente sobre o próprio processo de imigração/migração e sobre como foi a adaptação por aqui.

Para realizar a entrevista, você deverá usar como base o seguinte roteiro:

1) Como se deu a sua imigração/migração? Por que resolveu deixar a terra natal?

2) Veio sozinho ou veio com a família?

3) O que você sabia da cidade (ou Estado ou país) para a qual se dirigia?

4) Há quanto tempo está no bairro (ou cidade) para o qual se dirigiu?

5) Sentiu-se um estrangeiro, uma pessoa de fora, ao chegar? Que situações mais o fizeram se sentir um estrangeiro, uma pessoa de fora?

6) Ainda se sente um estrangeiro?

7) Já pôde voltar ao seu local de origem, mesmo que apenas de férias? Como foi a sua volta?

8) Já sentiu vontade de voltar definitivamente ao seu local de origem? Se sim, por que resolveu permanecer aqui?

9) Se voltou definitivamente ao local de origem, por que voltou?

10) Foi vítima de alguma discriminação ou preconceito quando chegou? Ainda é? Em que situações isso ocorreu ou ainda ocorre?

11) Quais foram as suas maiores dificuldades de adaptação ao novo lugar?

12) Quando chegou aqui, estabeleceu-se sozinho ou procurou morar perto de outros conterrâneos que já haviam chegado aqui antes, para facilitar o processo de adaptação?

13) Quando retornou ao seu local de origem, mesmo que seja apenas de férias, sentiu-se um estrangeiro também lá? Sua readaptação foi fácil?

14) Que hábitos você continua mantendo do seu local de origem e que hábitos daqui você incorporou, desde que chegou?

Além das 14 questões acima, você pode incluir quantas quiser, desde que estejam relacionadas com os assuntos abordados em sala de aula. Deixe a sua criatividade correr solta. Às vezes, uma resposta do entrevistado pode despertar no entrevistador várias outras questões. Peça sempre que o seu entrevistado se aprofunde nas respostas. Frequentemente, as pessoas limitam-se a responder "sim" ou "não" às perguntas. Incentive, portanto, o seu entrevistado a desenvolver mais as suas respostas.

Se tiver a possibilidade, grave a entrevista e depois a transcreva para o papel, para não perder nenhum detalhe das respostas do entrevistado.

A entrevista que você entregará ao professor poderá ser manuscrita ou digitada e o seu trabalho será individual. Lembre-se de escrever uma introdução que apresente o entrevistado, qual a sua vinculação com ele (familiar, amigo, vizinho, alguém indicado por um conhecido, etc.), o local da entrevista e a data de sua realização. O seu trabalho deverá ser entregue ao professor na seguinte data:

A: 12/4
2ºB: 11/4

Bom trabalho!

terça-feira, 22 de março de 2016

Primavera de Praga, Maio de 68, segunda onda do movimento feminista: a intensificação das lutas por liberdade e igualdade de direitos na década de 1960 (para alunos do 3ºA, 3ºB e 3ºTA)

A década de 1960 foi marcada por intensas mobilizações populares que reivindicavam mais liberdade e, sobretudo, igualdade de direitos e oportunidades para os cidadãos. Em nossas aulas, abordamos detidamente a mobilização da população negra por pleno acesso aos direitos civis, políticos, sociais e humanos, nos Estados Unidos.

Neste post, disponibilizo a vocês links com informações sobre outros três eventos marcantes também ocorridos na década de 1960: a Primavera de Praga, o Maio de 68 e a segunda onda do Movimento Feminista.

Ironicamente, enquanto em vários lugares do mundo aprofundavam-se as conquistas por mais liberdade, no Brasil iniciávamos um dos períodos mais obscuros de nossa história, a ditadura militar (1964-1985), que aniquilou com nossos direitos civis, políticos e, de quebra, cometeu graves violações de direitos humanos (prisões arbitrárias, torturas e assassinatos) contra milhares de pessoas que ousaram criticar e se opor ao regime.

Falarei sobre estes três eventos com vocês em sala de aula.


Primavera de Praga

http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/primavera-de-praga-movimento-pretendia-democratizar-a-antiga-tchecoslovaquia.htm


Maio de 68 (segue um texto sobre os acontecimentos que sacudiram a França e um programa muito interessante produzido pela TV Cultura sobre o Maio de 68 no Brasil, já sob a ditadura militar)

http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-foi-o-movimento-de-maio-de-68-na-franca

https://www.youtube.com/watch?v=bWI8_-Vf4cY


Segunda onda do movimento feminista
http://www.infoescola.com/historia/segunda-onda-feminista/

Conteúdo sistematizado sobre o tema "Cidadania", para os alunos do 3ºA, 3ºB e 3ºTA

Conforme combinado, disponibilizo a vocês o link abaixo com o conteúdo sistematizado sobre o tema "Cidadania", abordado em várias de nossas aulas no primeiro bimestre. Na próxima semana, devemos começar a discutir o processo de construção da cidadania no Brasil, o que vai motivar a disponibilização de um outro material.

Boa leitura e bom estudo!

https://www.dropbox.com/s/ejqjxznkal0cbjt/Cidadania.pdf?dl=0


domingo, 20 de março de 2016

Leia reportagem com os estudantes que tiraram a nota máxima (1.000) na redação do último Enem

O link localizado no final deste post traz uma reportagem publicada no jornal Folha de S.Paulo com os estudantes que tiraram nota máxima (1.000) no último Enem.

Tradicionalmente, os temas das redações do Enem abordam problemas sociais e, na prova de 2015, a proposta era que o candidato refletisse sobre a violência contra a mulher.

As redações dos estudantes que obtiveram a nota máxima apresentam alguns pontos em comum: bom domínio das regras ortográficas e gramaticais da língua portuguesa, textos em linha com o tema proposto, clareza nas argumentações e boa articulação de ideias discutidas ao longo do ensino médio nas diferentes disciplinas que compõem a grade curricular.

Em Sociologia, por exemplo, trabalhamos algumas ideias e conceitos que nos ajudam a refletir com mais profundidade sobre diversas questões presentes em nossa sociedade. Senso comum, olhar científico/sociológico, estranhamento, desnaturalização, etnocentrismo, relativismo cultural, aculturação, assimilação, a figura do estrangeiro (segundo Georg Simmel), "os estabelecidos e os outsiders" (Norbert Elias) são noções, entre outras, que nos ajudam a pensar questões como violência, preconceito, discriminação, desigualdade, poder, etc. Dominar estes conceitos pode, portanto, ajudar você a desenvolver boas redações no Enem ou na Fuvest.

Para finalizar, destaco outro ponto na reportagem. Todos os candidatos entrevistados desenvolveram uma disciplina para conduzir os seus estudos preparatórios para o vestibular. Além das horas dedicadas à escola e, em alguns casos, ao cursinho, todos eles reservavam uma quantidade diária de horas para estudar em casa, inclusive nos finais de semana.

É isso. Boa leitura.

http://temas.folha.uol.com.br/enem-nota-mil/introducao/estudantes-nota-mil-mostram-engajamento-e-repertorio-cultural.shtml

sexta-feira, 18 de março de 2016

Alunos do 2ºA e 2ºB (diurno) e do 2ºTA e 2ºTB (noturno): seguem os links com conteúdos sobre desigualdade socioeconômica discutidos em sala de aula

O tema do primeiro bimestre deste ano é diversidade. Começamos estudando a diversidade socioeconômica, que no caso brasileiro seria melhor traduzida pelo termo desigualdade. Posteriormente, iniciamos as discussões sobre a diversidade cultural, que enriquece a nossa existência e, no caso de São Paulo, onde vivemos, acrescenta um espírito cosmopolita a nossa cidade.

Neste post, concentro-me na desigualdade socioeconômica. Lemos, analisamos e debatemos várias reportagens e tabelas sobre o assunto, em sala de aula. Agora, compartilho com vocês os links dos conteúdos com os quais trabalhamos.

O primeiro link traz reportagem que revela a profunda desigualdade socioeconômica existente no país. Embora em queda desde a segunda metade da década de 1990, discutimos em sala de aula que ela tende a aumentar, em consequência da recessão econômica atravessada pelo país, com crescimento do desemprego e queda da renda, já que o setor que mais tem demitido em 2015 e 2016 é aquele que historicamente melhor paga: a indústria.

http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2012/09/21/salario-de-pobre-sobe-mais-que-o-de-rico-mas-diferenca-ainda-e-de-87-vezes.jhtm

No link abaixo, segue reportagem sobre a taxa de analfabetismo no Brasil. A queda na quantidade de pessoas que não sabem ler e escrever deve-se, fundamentalmente, a dois fatores: 1) a multiplicação de escolas de jovens e adultos, que possibilitam o retorno aos bancos escolares de quem não teve a oportunidade de estudar na chamada "idade certa"; 2) a morte dos idosos analfabetos, grupo etário que concentra o maior número de pessoas que não sabem ler nem escrever (cada um deles que falece é um analfabeto a menos nas estatísticas oficiais). Atualmente, a escolarização média do brasileiro é de 9 anos (o que corresponde ao ensino fundamental completo) e cerca de 98% das crianças com até 14 anos estão matriculadas nas escolas.

Já a taxa de analfabetismo funcional (pessoas que sabem ler e escrever, mas não conseguem compreender o que leem) é alarmante, segundo pesquisas feitas pelo Ibope. De cada 100 brasileiros, 52 são analfabetos funcionais.

http://educacao.uol.com.br/noticias/2012/09/21/taxa-de-analfabetismo-cai-no-pais-mas-ainda-atinge-91-da-populacao-com-mais-de-18-anos.htm


Na sequência, temos acesso a tabelas sobre diferenças de renda, taxas de analfabetismo e acesso a saneamento e luz elétrica.

https://www.dropbox.com/s/fusmxamfi0tdebt/Tabelas%20sobre%20desigualdade%20socioecon%C3%B4mica%20no%20Brasil.doc?dl=0

Finalmente, dois links relacionados ao desemprego. A primeira reportagem fala sobre o aumento do desemprego no último trimestre de 2015, período em que normalmente o mercado fica mais aquecido, por causa das vendas de Natal. E a segunda revela que o desemprego atinge mais acentuadamente quem tem menos escolarização. Mais uma prova de que acesso à educação de qualidade é um fator muito importante para reduzir a pobreza e a desigualdade socioeconômica.

Boa releitura!

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/02/1741008-desemprego-e-de-9-no-trimestre-encerrado-em-novembro-diz-ibge.shtml

http://oglobo.globo.com/economia/desemprego-entre-graduados-equivale-um-terco-da-taxa-de-quem-tem-ensino-medio-incompleto-12700458




segunda-feira, 14 de março de 2016

Orientações para atividade valendo nota de 0 a 10, destinada às turmas 3ºA e 3ºB (diurno) e 3ºTA (noturno)

Instruções gerais (válidas para as três turmas):
Elabore um texto em que você deverá articular o discurso de Martin Luther King, lido e discutido em sala de aula (disponível neste blog), com os conteúdos trabalhados em classe sobre a cidadania moderna e seus direitos fundamentais (civis, políticos, sociais e humanos). Para enriquecer a sua análise, ilustre os seus argumentos com cenas do filme “Selma”, assistido na sala de informática. Reflita, também, sobre a realidade atual brasileira. Que tipos de direitos são garantidos em sua plenitude, no Brasil, e em quais grupos de direitos ainda temos muito a avançar? Em nosso país, todos têm plena igualdade de acesso à cidadania? Há grupos marginalizados? Quais? Procure sempre fundamentar a sua resposta com argumentos e exemplos.

Instruções específicas para as turmas 3ºA e 3ºB (diurno):
O texto deverá ser manuscrito (não poderá ser digitado) e deverá ter, no mínimo, 50 linhas de extensão.
Prazo de entrega: 29 de março (terça-feira), no caso do 3ºA; e 31 de março (quinta-feira), no caso do  3ºB. 

Instruções específicas para a turma 3ºTA (noturno):
O texto poderá ser manuscrito ou digitado e deverá ter, no mínimo, 30 linhas de extensão.
Prazo para entrega: 28 de março (segunda-feira).

Martin Luther King, Malcolm X e os "Panteras Negras": três formas de luta pela extensão dos direitos civis aos negros nos EUA (para os alunos das terceiras séries do ensino médio)

O link abaixo, da revista Mundo Estranho, da Editora Abril, sintetiza as três formas de luta que se tornaram hegemônicas na década de 1960, nos EUA, com o objetivo de estender os direitos civis à população negra.

O pastor Martin Luther King defendia mobilizações pacíficas e boicotes, por exemplo, como formas mais adequadas para a busca da igualdade entre brancos e negros.

O líder muçulmano Malcolm X admitia ações violentas como formas de defesa da população negra. No entanto, não operava sob a lógica da igualdade. Defendia a supremacia negra e o separatismo.

Por fim, os "Panteras Negras" desejavam a luta armada como forma de proteger os negros da violência policial. Reivindicavam, também, o pagamento de indenizações a famílias negras, por causa da escravidão, e a libertação imediata de todos os negros que se encontravam cumprindo penas no sistema prisional norte-americano.

Cinquenta anos depois, o legado pacifista e politicamente mais sofisticado de Martin Luther King parece ser o mais duradouro. Os "Panteras Negras" foram diligentemente perseguidos pelo FBI e a Justiça dos EUA, definharam e extinguiram-se no início da década de 1980. E pouco se fala de Malcolm X, ainda mais por ele ter sido seguidor do islã, em um país que, desde o final da década de 1970, após a Revolução Islâmica ocorrida no Irã, vem tendo sucessivos embates diplomáticos, políticos e militares no Oriente Médio.

Segue o link para leitura:

http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quem-foram-os-panteras-negras

Fragmentos do discurso de Martin Luther King, para os alunos das terceiras séries do ensino médio (períodos diurno e noturno)

No primeiro bimestre da terceira série do ensino médio, na disciplina Sociologia, estamos estudando desde o início do ano letivo os direitos civis, políticos, sociais e humanos, que estruturam a cidadania moderna.

Em 28 de agosto de 1963, o pastor batista Martin Luther King (1929-1968), líder do movimento que reivindicava a extensão dos direitos civis aos negros norte-americanos, reuniu 250 mil pessoas em uma marcha realizada em Washington. Proferido por Luther King bem em frente ao Lincoln Memorial, monumento que homenageia o ex-presidente norte-americano Abraham Lincoln (cuja gestão acabou com a escravidão nos EUA), o discurso popularmente conhecido como "Eu tenho um sonho" até hoje é lembrado por ser uma das peças mais contundentes em defesa da igualdade e contra a discriminação racial.

Vencedor do Prêmio Nobel da Paz, em 1964, Martin Luther King foi assassinado no dia 4 de abril de 1968, por um segregacionista branco (indivíduo favorável à continuidade da segregação dos negros na sociedade norte-americana), na cidade de Memphis, antes de mais uma marcha que conduziria em defesa dos direitos civis e contra a discriminação racial.

A seguir, os fragmentos de seu discurso antológico: 

“[...] Há cem anos, um grande americano, sob cuja simbólica sombra nos encontramos, assinou a Proclamação da Emancipação. Esse decreto fundamental foi como um grande raio de luz de esperança para milhões de escravos negros que tinham sido marcados a ferro nas chamas de uma vergonhosa injustiça. Veio como uma aurora feliz para pôr fim à longa noite de cativeiro. Mas, cem anos mais tarde, devemos encarar a trágica realidade de que o negro ainda não é livre. Cem anos mais tarde, a vida do negro está ainda infelizmente dilacerada pelas algemas da segregação e pelas correntes da discriminação. Cem anos mais tarde, o negro ainda vive numa ilha isolada de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos mais tarde, o negro ainda definha nas margens da sociedade americana estando exilado em sua própria terra. Por isso, encontramo-nos aqui hoje para dramatizar essa terrível condição.

De certo modo, viemos à capital do nosso país para descontar um cheque. Quando os arquitetos da nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam a assinar uma nota promissória da qual todo americano seria herdeiro. Essa nota foi uma promessa de que todos os homens teriam garantia aos direitos inalienáveis de “vida, liberdade e à procura de felicidade”.

É óbvio que a América de hoje ainda não pagou essa nota promissória no que concerne aos seus cidadãos de cor. Em vez de honrar esse compromisso sagrado, a América entregou ao povo negro um cheque inválido devolvido com a seguinte inscrição: “Saldo insuficiente”.

Porém recusamo-nos a acreditar que o banco da justiça abriu falência. Recusamo-nos a acreditar que não haja dinheiro suficiente nos grandes cofres de oportunidade desse país. Então viemos para descontar esse cheque, um cheque que nos dará à vista as riquezas da liberdade e a segurança da justiça.

[...] Agora é tempo de tornar reais as promessas da democracia. Agora é hora de sair do vale escuro e desolado da segregação para o caminho iluminado da justiça racial. Agora é hora de retirar a nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a sólida rocha da fraternidade. Agora é hora de transformar a justiça em realidade para todos os filhos de Deus.

Seria fatal para a nação não levar a sério a urgência desse momento. Esse verão sufocante da insatisfação legítima do negro não passará até que chegue o revigorante outono da liberdade e igualdade. Mil novecentos e sessenta e três não é um fim, mas um começo. E aqueles que creem que o negro só precisava desabafar e que agora ficará sossegado, acordarão sobressaltados se o país voltar ao ritmo normal.

Não haverá nem descanso nem tranquilidade na América até o negro adquirir seus direitos como cidadão. Os turbilhões da revolta continuarão a sacudir os alicerces do nosso país até que o resplandecente dia da justiça desponte [...].

[...] Há quem pergunte aos defensores dos direitos civis: “Quando é que ficarão satisfeitos?” Não estaremos satisfeitos enquanto o negro for vítima dos indescritíveis horrores da brutalidade policial. Jamais poderemos estar satisfeitos enquanto os nossos corpos, cansados com as fadigas da viagem, não conseguirem ter acesso aos hotéis de beira de estrada e das cidades. Não poderemos estar satisfeitos enquanto a mobilidade básica do negro for passar de um gueto pequeno para um maior. Não podemos estar satisfeitos enquanto nossas crianças forem destituídas de sua individualidade e privadas de sua dignidade por placas onde se lê “somente para brancos”. Não poderemos estar satisfeitos enquanto um negro no Mississippi não puder votar e um negro em Nova Iorque achar que não há nada pelo qual valha a pena votar. Não, não, não estamos satisfeitos e só estaremos satisfeitos quando “a justiça correr como a água e a retidão como uma poderosa corrente” [...].

Digo-lhes hoje, meus amigos, que, apesar das dificuldades e frustrações do momento, eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.

Eu tenho um sonho que um dia essa nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença: “Consideramos essas verdades como auto-evidentes que todos os homens são criados iguais.”

Eu tenho um sonho que um dia, nas montanhas rubras da Geórgia, os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes de donos de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade.

Eu tenho um sonho que um dia mesmo o estado do Mississippi, um estado desértico sufocado pelo calor da injustiça, e sufocado pelo calor da opressão, será transformado num oásis de liberdade e justiça.

Eu tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter. Eu tenho um sonho hoje.

Eu tenho um sonho que um dia o estado do Alabama, com seus racistas cruéis, cujo governador cospe palavras de “interposição” e “anulação”, um dia bem lá no Alabama meninos negros e meninas negras possam dar-se as mãos com meninos brancos e meninas brancas, como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje [...].

E quando isso acontecer, quando permitirmos que a liberdade ressoe, quando a deixarmos ressoar de cada vila e cada lugar, de cada estado e cada cidade, seremos capazes de fazer chegar mais rápido o dia em que todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios (não-judeus), protestantes e católicos, poderão dar-se as mãos e cantar as palavras da antiga canção espiritual negra: “Finalmente livres! Finalmente livres! Graças a Deus Todo Poderoso, somos livres, finalmente.”

domingo, 13 de março de 2016

Alunos do 1º TA do Narbal (período noturno)! Seguem orientações para atividade a ser entregue em 28/3 (segunda-feira)

Até o dia 28 de março de 2016 (segunda-feira), os estudantes do 1º TA, período noturno, do Narbal, deverão me entregar a atividade a seguir, a primeira valendo nota deste bimestre.

A atividade é composta por duas partes. A primeira parte constitui-se de um questionário com 4 perguntas, cujas respostas podem ser encontradas nas anotações que vocês fizeram no caderno em sala de aula e, também, no conteúdo "Introdução à Sociologia", que você poderá acessar clicando no link localizado em post disponibilizado anteriormente.

A segunda parte do trabalho será uma redação com, pelo menos, 20 linhas, em que você descreverá o que é senso comum e o que é olhar científico/sociológico, explicará o que é estranhamento e desnaturalização, não se esquecendo de dar vários exemplos para ilustrar a sua reflexão.

PARTE 1 - QUESTIONÁRIO

1) a) Descreva o contexto histórico, político, econômico e social em meio ao qual surgiu a Sociologia. b) Embora seja de 1936, como o filme "Tempos Modernos", de Charlie Chaplin, ajuda-nos a refletir sobre as transformações ocorridas no mundo do trabalho a partir da Revolução Industrial e do surgimento do capitalismo? Descreva cenas para exemplificar os seus argumentos.

2) No século 19, os intelectuais que buscavam entender as transformações sociais de sua época assumiram não apenas o papel de analistas da realidade, mas defendiam a intervenção na realidade. Eram intelectuais ativistas, que se dividiram, fundamentalmente, em três perspectivas de pensamento. Quais eram essas perspectivas? Descreva cada uma delas e informe quem foram os principais pensadores de cada uma delas e o que defendiam.

3) Max Weber é considerado um dos três pensadores fundamentais da Sociologia (ao lado de Émile Durkheim e Karl Marx). Descreva alguns pontos que caracterizaram o seu pensamento.
4) No Brasil, a disciplina Sociologia fez parte do currículo do ensino médio em alguns momentos históricos. Em outros, foi sumariamente eliminada do currículo. Explique essas idas e vindas da Sociologia e por que, particularmente durante ditaduras, ela era eliminada do currículo.

PARTE 2 - REDAÇÃO
Escreva uma redação com, pelo menos, 20 linhas, explicando o que senso comum, olhar sociológico, estranhamento e desnaturalização. Você deverá, também, dar exemplos e refletir por que razão devemos evitar o senso comum quando realizamos análises sobre as coisas presentes na vida.

É isso. Boa semana a todos.

Senso comum x olhar sociológico, estranhamento e desnaturalização: conteúdos para as turmas 1ºA e 1ºB (período diurno) e 1ºTA (noturno) do Narbal

Por meio dos links a seguir, disponibilizo a vocês três conteúdos. O primeiro deles traz uma síntese do que seja senso comum e olhar sociológico. O segundo apresenta um texto extraído do Caderno de Sociologia produzido pela Secretaria da Educação, para apresentar o mesmo tema aos estudantes da primeira série do ensino médio (modalidade de ensino regular). Por fim, um texto sobre estranhamento e desnaturalização desenvolvido por Amaury César Moraes, sociólogo e professor da Universidade de São Paulo (USP).

Boa leitura e bom estudo!

https://www.dropbox.com/s/z1hg1bgwms1agz5/Senso%20comum%20e%20olhar%20sociol%C3%B3gico.pdf?dl=0

https://www.dropbox.com/s/vbu7ujjloy6hx25/Texto%20Senso%20comum%20e%20Olhar%20cient%C3%ADfico.pdf?dl=0

https://www.dropbox.com/s/pc8vkc5sggi22qh/Estranhamento%20e%20desnaturaliza%C3%A7%C3%A3o.pdf?dl=0

sábado, 12 de março de 2016

Atenção alunos do 1ºA e 1ºB (período diurno) e 1ºTA (período noturno) do Narbal: segue o link com o conteúdo que aborda a introdução à Sociologia

Conforme prometido, segue, no link a seguir, o conteúdo da parte inicial do nosso bimestre, que trata da introdução à Sociologia (o que é; contexto histórico de surgimento; tradições de pensamento iniciais, no século 19; desenvolvimento desta ciência; presença da Sociologia no ensino médio nas escolas brasileiras).

Bom estudo!

https://www.dropbox.com/s/cz0iprk104enh86/O%20que%20%C3%A9%20sociologia.pdf?dl=0